quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Opinião: Negacionismo e resistência à mudança na Psicologia Brasileira.




A psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e as motivações por trás dele.
Atualmente, existem diversas abordagens dentro da psicologia, cada uma com suas próprias teorias e técnicas. Entre as abordagens mais conhecidas estão a Psicologia Tradicional e a Psicanálise. No entanto, ambas têm sido negacionistas e pouco racionais em relação à ideia da inserção da Psicologia Baseada em Evidências (PBE).

A Psicologia Baseada em Evidências tem enfrentado resistência de alguns setores, que argumentam que ela é insuficiente para explicar todos os aspectos do comportamento humano. Isso leva a uma polarização dentro da comunidade, com alguns defendendo a psicologia baseada em evidências e outros defendendo as abordagens tradicionais e psicanalíticas.

Esse tipo de negacionismo e resistência a novas abordagens científicas não é exclusivo da psicologia. Em diversas áreas da ciência, temos exemplos históricos de negacionismo e resistência a mudanças. Um exemplo clássico é o caso da teoria da evolução de Darwin, que foi amplamente criticada e negada por muitos cientistas da época. Essa resistência levou a muitos anos de debate e discussão antes que a teoria fosse amplamente aceita. Outro exemplo é o caso do Câncer, onde a comunidade científica demorou muito tempo para aceitar a ideia de que o câncer era uma doença causada por alterações celulares. Isso levou a muitos anos de pesquisa desperdiçada e a um atraso no desenvolvimento de tratamentos eficazes.
Esses exemplos mostram o quanto o negacionismo e a resistência à mudança podem ser prejudiciais para o avanço da ciência. Como menciona Steven Pink em seu livro "Irrationality": “As pessoas tendem a se apegar a suas crenças e teorias, mesmo quando elas são refutadas por evidências científicas. Isso pode levar a uma defesa cega dessas crenças, mesmo quando elas são claramente erradas”.
10 formas de dialogar e questionar algo de forma racional:
  1. Importância de entender as perspectivas do outro lado
  2. Aprender a separar fatos de opiniões
  3. Evitar falar em absolutos
  4. Aprender a escutar com atenção
  5. Entender a diferença entre argumentos e persuasão
  6. Entender que a probabilidade é mais importante do que certeza
  7. Não se deixar levar pela emoção
  8. Evitar falar em generalizações
  9. Aprender a reconhecer viés cognitivos
  10. Entender que mudar de opinião não é uma fraqueza
10 formas infelizes de não ter um diálogo racional:
  1. Ignorar perspectivas do outro lado
  2. Falar em absolutos sem fundamento e conhecimento teórico
  3. Interromper ou não escutar o outro lado
  4. Se basear apenas em persuasão e não em argumentos
  5. Achar que certeza é mais importante do que probabilidade
  6. Deixar-se levar facilmente pela emoção
  7. Fazer generalizações sem fundamento
  8. Não reconhecer viés cognitivos
  9. Ver mudança de opinião como fraqueza
  10. Não considerar novos fatos e evidências.
É importante lembrar que a ciência é um processo contínuo e evolutivo, e que as teorias e técnicas podem ser aprimoradas e atualizadas com base em novas evidências. Isso significa que é importante manter-se aberto às novas ideias e abordagens, e estar disposto a mudar de opinião quando as evidências o exigirem.

A psicologia, assim como outras áreas da ciência, tem enfrentado desafios como o negacionismo e a resistência à mudança. No entanto, a Psicologia Baseada em Evidências tem se mostrado uma abordagem crucial para superar esses obstáculos e garantir que a psicologia continue avançando. A PBE se baseia em evidências científicas sólidas e é essencial para desenvolver e aplicar soluções eficazes. Além disso, a PBE é fundamental para garantir que a psicologia seja uma ciência transparente e confiável, e para evitar a disseminação de ideias e práticas baseadas em crenças sem fundamento científico.

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