quarta-feira, 22 de março de 2023

Ensinar Psicanálise na Faculdade: É Ensinar Pseudociência de Baixo Custo

Ei, você aí, já ouviu falar da resistência das faculdades brasileiras em continuar ensinando psicanálise nos cursos de Psicologia? Apesar de ser considerada uma pseudociência, a psicanálise segue firme e forte nas salas de aula. E sabe o que é mais intrigante? Uma das principais razões para essa persistência é o baixo custo associado ao ensino dessa matéria. Vamos mergulhar nesse controverso tema e entender por que é tão difícil derrubar a psicanálise do pedestal em que ela nunca deveria estar.


Psicanálise: o que é e por que causa polêmica?

A psicanálise, criada por Sigmund Freud no final do século XIX, é uma abordagem terapêutica baseada na ideia de que nossos problemas psicológicos estão enraizados em conflitos inconscientes. A teoria freudiana é marcada pela presença de conceitos como o complexo de Édipo, a repressão e a libido. No entanto, a falta de evidências científicas para sustentar muitos dos conceitos e métodos da psicanálise a torna uma pseudociência (Popper, 1959).


Por que as faculdades brasileiras ainda ensinam psicanálise?

É verdade que a psicanálise tem nuances próprias no Brasil (como já expliquei em outro texto), mas isso não justifica sua permanência nos currículos de Psicologia. Um dos principais motivos é o baixo custo associado à matéria. A psicanálise não exige conhecimento prático para ser ensinada e não requer investimento em laboratórios ou equipamentos sofisticados. Basta um professor, uma lousa e um punhado de textos freudianos para "fazer a festa"!


Críticas à psicanálise desde os tempos de Freud

As críticas à psicanálise não são novidade. Desde os tempos de Freud, ele foi acusado de ser um "picareta". Em 1913, o filósofo Karl Jaspers já apontava a falta de rigor científico na obra freudiana, destacando a ausência de critérios objetivos para a verificação de suas teorias (Jaspers, 1913). Outros autores, como o filósofo da ciência Karl Popper, também destacaram que a psicanálise é infalsificável e, portanto, não pode ser considerada uma teoria científica (Popper, 1959).


A necessidade de mudança

As faculdades brasileiras precisam abandonar a resistência em ensinar psicanálise e abraçar abordagens terapêuticas baseadas em evidências, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Psicologia Positiva. Essas abordagens têm fundamentação científica sólida e são eficazes no tratamento de diversos transtornos psicológicos (Hofmann et al., 2012).

Basta de insistir no ensino da psicanálise nas faculdades de Psicologia no Brasil! Esse cenário me faz lembrar do filme corenano "Parasita", onde a família menos abastada se infiltra na vida da família rica de maneira sorrateira e oportunista. Assim como no filme, a persistência da psicanálise no curso de psicologia é como um parasita que insiste em se infiltrar no campo da Psicologia, apesar de sua falta de fundamentação científica.

É hora de mudar, de atualizar os currículos e abrir espaço para abordagens terapêuticas baseadas em evidências científicas sólidas e comprovadamente eficazes. Manter a psicanálise nos cursos de Psicologia é como permitir que esse "parasita" continue se alimentando dos recursos e do prestígio da área, prejudicando a formação de profissionais competentes.

Professores, estudantes e psicologos precisam se unir, assim como os personagens do filme "Parasita" se unem para enfrentar a situação, para promover a ciência e expulsar a pseudociência de nossas instituições de ensino. Só assim poderemos garantir um futuro melhor para a Psicologia e para os profissionais que dela farão parte.


Referências:


Hofmann, S. G., Asnaani, A., Vonk, I. J., Sawyer, A. T., & Fang, A. (2012). The efficacy of cognitive behavioral therapy: A review of meta-analyses. Cognitive Therapy and Research, 36(5), 427-440.

Jaspers, K. (1913). Allgemeine Psychopathologie: ein Leitfaden für Studierende, Ärzte und Psychologen. J. Springer.

Popper, K. R. (1959). The logic of scientific discovery. Hutchinson.

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