O uso do termo "se matar" para descrever uma pessoa que morreu de suicídio é altamente problemático do ponto de vista da suicidiologia. Esse termo implica que o indivíduo fez uma escolha consciente para acabar com sua vida, ignorando completamente a complexidade das emoções e da saúde mental que levaram a essa decisão.
O termo "se suicidar" não fica atras, por mais que se reconheça que o suicídio é uma ação complexa, muitas vezes influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais. É importante lembrar que o suicídio não é uma escolha livre e racional, mas sim um resultado trágico de uma série de fatores que podem incluir doenças mentais, traumas, perdas e isolamento social.
O uso do termo "morreu de suicídio" é o unico a ser usado. Isso porque o suicídio é uma causa de morte, assim como doenças ou acidentes. O uso do termo "morreu de suicídio" ajuda a normalizar o reconhecimento de que o suicídio é uma causa real e trágica de morte, em vez de reforçar a estigmatização e o tabu em torno do assunto.
Assim como as religiões, que por muito tempo julgaram e condenaram indivíduos com doenças mentais como possuídos pelo demônio, a psicologia e a psicanálise também contribuíram para o estigma e a desqualificação das doenças mentais (de formas diferente, porém ambas equivocadas por motivos diferentes). Essa visão reducionista influencia muito no tratamento adequado dos transtornos psicológicos e psiquiátricos.
Voltando a origem de onde esses termos saem...
É importante destacar que a abordagem psicanalítica não trata a saúde mental com simplicidade, mas sim como ela bem entende. A psicanálise busca entender o indivíduo em sua teoria, considerando seu passado, suas experiências, seus traumas e seus conflitos internos como pistas para solucionar o presente. Certamente a psicanálise não se opõe à medicina, entretanto tenta aliar seu processo terapeutico (sem qualquer comprovação cientifica) de forma com que ela questione a validade de muitos tratamentos por acreditar que existe uma indutria farmaceutica por trás (mesmo sem provas). Perpetuando assim tantos achismos e desencontros com a ciencia.
Enquanto "penetras" estiverem julgando e contextando a ciencia sem usarem ciencia para isso, teremos negacionismo e capacitismo.

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